Os Utensílios
No galpão guardamos as enxadas enferrujadas.
E lá elas esperam a morte, como os velhos nos
[ asilos.
Esta foice não está mais afiada.
Este ancinho já não sabe limpar o cisco do pomar.
Mas não nos desfazemos de nada — é a nossa lei.
No depósito escuro onde repousam escorpiões
está até a chave que não abre nenhuma porta.
sob o voo das gaivotas
aqui os navios se escondem pra morrer.
(grandiosíssimo) Lêdo Ivo
E lá elas esperam a morte, como os velhos nos
[ asilos.
Esta foice não está mais afiada.
Este ancinho já não sabe limpar o cisco do pomar.
Mas não nos desfazemos de nada — é a nossa lei.
No depósito escuro onde repousam escorpiões
está até a chave que não abre nenhuma porta.
sob o voo das gaivotas
aqui os navios se escondem pra morrer.
(grandiosíssimo) Lêdo Ivo
3 Comments:
po, eu desconheço o grandissimo :/ axei q fosse seu, jah ia ateh elogiar, agora nem vo mais hauhauha
:*
Oi Fer, tudo bem?
Bonito esse poema, né? Faz-me pensar de quanto a rotina nos faz parecer ultrapassados quando perdemos certas habilidades... Pelo menos na arte têm se valorizado o mais antigo, aquelas madeiras cujas rachaduras são mais bonitas e valorizadas por terem uma verddadeira história para contar!!
Beijos e bom final de semana:-)
Ahhh, legal vc ter me falado daonde era o MAsquerade, fiquei tão curiosa!!!
Não assisti o Fantasma não! Sabe qal eu morro de vontade? Morro dos Ventos Uivantes!! Vc já viu?
Bjs
Postar um comentário
<< Home