5.1.09

_ Pousava os pés num degrau dos apenas três da escada que havia entre a varanda e o jardim, entre sua casa e o restante do mundo, e que se estende sem se dar conta. Suas mãos iam à cintura, às cinco da tarde, já todo serviço estava feito. Seu corpo arrastara-se de avental pela casa toda a manhã; depois era fazer com o próprio corpo um buraco de abrigo para o filho que, a esta hora, fica no quarto. Agora era não mais que o sol se pôr, entre os galhos que fazem a tosca porteira até as ramagens, de onde não se via e nem chegaria, ninguém. Era a porta bater e voltar (pela falta de trinco), o vento trazendo a poeira, as nuvens sombreando a alameda.